7 de jul. de 2010

ANTES BEM ACOMPANHADA DO QUE SÓ e O AMOR QUE QUERO PARA MIM (um texto dentro do outro, prontos, finalmente)

Sou adepta e defensora do cultivo do amor-próprio. Acredito sim que é importante amar a si mesmo antes de amar o outro.
E quando se cultiva o amor-próprio, um dos aprendizados é que é possível ser feliz sozinho (tenho até um texto sobre isto neste blog)...mas é possível “de vez em quando”.
Sim, só de vez em quando...porque chega uma hora que cansa.
Cansa fazer planos sozinho...e digo sozinho, sem amor...porque os amigos, quando são amigos de verdade, sempre estão próximos...te incentivando, lembrando que você é amado e que merece ser feliz.
Sim, os amigos, a família, estes estão “sempre lá”...seja este “lá”, aonde for...
Chega um momento que sente-se vontade de dividir tudo com alguém. Com “um” alguém.
E este “um” alguém, pode-se chamar de “um” amor.
Daí chega a hora de pensar: que amor eu quero para mim?
Bom...assunto difícil...por isso mesmo, fascinante.
Me fascina pensar sobre o amor que quero para mim.
Um tempo atrás, eu diria:
“Não sei o que eu quero da vida, mas saber o que eu não quero já é um começo.”
Sim, sim...continuo acreditando que saber o que não se quer seja mesmo um bom começo.
Mas hoje eu sei mais. Um pouco mais sobre...

“O AMOR QUE QUERO PARA MIM”:

Não sou perfeita e não busco a perfeição no outro. Busco aquilo que acredito que posso oferecer também.

Quero o amor de alguém que me admire.

Admiração, no “Aurélio”: sentimento de deleite (prazer intenso), enlevo (encanto), respeito ante o que se julga nobre, belo ou digno de amor.

O amor que quero para mim é um amor que queira conhecer a minha essência e que me permita ser quem eu sou...que enxergue minhas qualidades com o coração e meus defeitos de óculos escuros...que saiba rir do meu jeito estabanado de ser. E que saiba rir de si mesmo.

Amor de alguém que se permita mostrar também a sua essência...que não prenda o choro, nem o riso, que não esconda seus medos e nenhum dos seus sentimentos.

Um amor “do bem”...que saiba o valor da honestidade, dignidade, lealdade, tolerância e da paz.

Esse amor pode nascer de uma paixão...paixão essa que ainda que amadureça, não perca o tesão, o desejo, a vontade de conhecer o outro criativamente e por inteiro.

Que traga sonhos que possam ser complementados pelos meus...para sonhar junto.

Um amor que saiba fazer nada ao meu lado. Que curta com a mesma intensidade momentos de gigantesca aventura, emoção, diversão e momentos simples, tranquilos.


O amor que quero para mim não é perfeito, nem acima do bem e do mal...eu quero um amor real... Que tenha a grandeza de reconhecer que pode errar e a nobreza de saber perdoar.
Acima de tudo, um amor disposto. Disposto a crescer e evoluir junto comigo, disposto a ceder algumas vezes...outras vezes censurar com serenidade . Que tenha a vontade de aprender e ensinar, de falar e ouvir, de acolher e ser acolhido... De amar e ser amado.

E como “o amor que quero para mim” é meu e ninguém tasca, posso querer mais um pouco, certo? Então vou dizer: não precisa limpar os trilhos do metrô, nem ir a pé do Rio a Salvador (nossa, isso deve cansar!)...muito menos dormir de meia pra virar burguês (credo, que feio!)...já está de bom tamanho se “o amor que quero para mim” puder desejar todo dia a mesma mulher...(boa, Barão Vermelho!!!).


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Por tudo isso que sei que desejo hoje, posso afirmar: Antes bem acompanhada do que só.
É isso que prefiro hoje.