27 de dez. de 2010

23h59 de 31/12/2010

Pode chegar novo ano...
Chega intenso que eu estou inteira.

Chega cheio de risada, sorriso e gargalhada...
Vem piegas, bem humorado...
Cheio de prazer, alegria e diversão.

Vem pronto para tirar meu equilíbrio, mas não a minha paz, que dessa eu não abro mão. Não mais.

Chega para acalentar, serenar...
Vem para proteger, acolher.

E vem para desassossegar; vem aventureiro, arriscado, incerto.

Vem flertar, galantear...vem prazenteiro.

Cheio de ventura...sorte, acaso, destino, fortuna.

Vem com galhardia, bravura, brio, valentia...
Vem no contra-ataque...na oposição...reação.

Chega desalinhado, baderneiro, travesso...
Vem melado, açucarado.

Vem para infringir, transgredir...
desobedecer.

Chega sem nexo, com sexo, suor, transpiração...
Vem cheio de charme, fascínio, sedução.

Chega amigo, benigno...
Vem com Amor..."tudo, muito e sempre"

Chega saudável, rijo, vigoroso...
Chega com uma boa e renovada dose de fé.

Pode chegar novo ano...chega favorito, predileto, preferido!

24 de dez. de 2010

Papai Noel...sei que já está de "saco cheio" com tantos pedidos, mas eu fui uma "boa" menina este ano...(considerando que ser boa é diferente de ser boazinha, claro)...então, acredito que tenha crédito com você...este ano eu desejo ALEGRIA...alegria desvairada...sorrisos "descompromissados"...devaneios...bons amigos, bons abraços, boas risadas...VIDA LEVE...
E claro, como todo ano o pedido essencial e repetido: coragem para amar...amar muito, amar tudo e amar sempre...é isso bom velhinho! De resto, eu tenho saúde, então tenho tudo!
FELIZ NATAL pra você aí, dá um trato na Mamãe Noel hoje a noite e deixa pra entregar os presentes ano que vem, no "intervalo eterno" entre o Carnaval e o Ano Novo, afinal, estamos no Brasil...emende o feriadão!!! : )

22 de dez. de 2010

AO MEU AVÔ...

Resolvi publicar, em homenagem ao meu grande avô, que faleceu em 17/12/2010 (um mês antes de completar 92 anos), uma carta que escrevi no dia que ele completou 90 anos (2009)...e que graças a Deus pude ler para ele com saúde, sorrindo e cantando parabéns...e "tirando um barato" dos amigos e familiares presentes, equilibrando sua velinha de 90 anos com palitos de dentes! rsrs...pra vc...sempre...

O NOSSO AVÔ

AVÔ – no dicionário - substantivo masculino: o pai do pai ou o pai da mãe.

O pai do pai...o pai da mãe...só? e pronto? Ponto final?
Ah, esse tal de “Aurélio” não teve avô...ou se teve, não era igual ao nosso avô.

Se o dicionário fosse escrito por nós, o verbete seria assim:

Avô:
É aquele que foi chamado por várias vezes de cocô, ao invés de vovô, logo que a neta aprendeu a falar. Por exemplo, na sala do médico, a netinha chorando: mãe, eu quero cocôôôôô...E nem por isso ele a deserdou!

É quem ensinou a comer pão com manteiga e açúcar e achar isso muito normal.
Ensinou também a achar uma delícia levar pão com ovo para o lanche na escola.

É a pessoa que não se importava em buscar os netos na escola, mesmo quando tinha acabado de deixá-los lá e eles fingiam uma dor de barriga ou de cabeça, só para chegarem mais cedo na casa do vovô e da vovó.

É aquele que comprou para o neto o primeiro vídeo game, a primeira bicicleta e tantos outros primeiros desejos e brinquedos.

É quem comprava um anel de plástico para a neta toda sexta-feira quando a levava no sacolão, o que virou tradição e a fez “gostar” de feira.

É quem deixou por várias vezes a casa muito cheirosa, com aroma de pão com goiabada, pão com presunto e queijo, roscas, bolinhos de chuva e tantas outras produções deliciosas.

É aquele que pintou para os netos um quadro - com os “Dois Porquinhos” (e não me pergunte onde estava o terceiro porco), o Pato Donald e um ser não-identificado, (apesar do pintor insistir que aquilo era um índio) – e que conseguiu que 30 anos depois os “netinhos” ainda considerem aquilo uma obra de arte.

É quem ensinou a cantar, decorar e gostar (pasmem, gostar!!!) da música do Alvarenga e Ranchinho, que o Rolando Boldrin canta, “Romance de uma caveira”...aqueeeeela: “Eram duas caveiras que se amavam...” e por aí vai. Quem também cantou e tocou muito violão para os netos ouvirem e valorizarem as músicas antigas e boas.

É aquele que fez casinha de madeira, cadeira de penico (acreditem!!!), mesinha pra fazer lição e tantas outras artes da marcenaria para os netos.

É quem foi padrinho do casamento do neto e estava muito chique de terno e gravata...e quem um tempo depois foi visitar o bisneto no hospital no dia em que nasceu e orgulhoso pegou o bebê no colo, torcendo para que seja “um pouco menos bagunceiro” que o próprio neto.

É aquele que ensinou os netos a jogar buraco...e a ganhar de todo mundo.

É quem colocou espelhos espalhados pelos cantos da garagem só para a neta não ralar o carro novo (mesmo jurando que confia nela dirigindo!!!)

É quem diz que mudou de time...virou Azulão e agora torce pro São Caetano, porque está cansado de ver o Corinthians perder...(mesmo que a neta saiba que é pura provocação).

É quem te deu a família mais linda do mundo de presente.

Avô, é quem faz exames de saúde e com 90 anos, quando pega o resultado, diz que os médicos deveriam lhe devolver o dinheiro, porque “estes exames nunca dão nada”!

Pai da mãe?
Só se for o avô do “Aurélio”...o nosso avô, é muito mais.
É quem nos ensinou o significado profundo de algumas palavras, sem precisar procurá-las no dicionário:

Respeito – Dignidade – Família – Honestidade

“Vô...descobrimos que nem todas as palavras do dicionário podem expressar o que queremos dizer hoje...então, o que podemos dizer é:

OBRIGADO!
OBRIGADO POR VOCÊ EXISTIR!
André e Ana Paula

(Lembrança dos 90 anos de Roque Silveira)
16/01/2009