2 de mai. de 2013

A VIDA É PRIORIDADE

E então naquela cidade, milhões de pessoas unem-se na avenida mais famosa para defender os direitos dos homossexuais. Outra vez, mais um milhão de pessoas vai às ruas comemorar o Dia do Trabalhador quando os sindicatos sorteiam prêmios valorosos. Milhares de torcedores unem-se também para comemorar títulos de seus times. Funcionários públicos descontentes com seu salário e condições de trabalho unem-se em frente à Prefeitura para lutar pelos seus direitos. Todos movimentam-se pela indignação que os une. Pelo descontentament
­o com sua situação. E geralmente, pelos seus direitos. Seus. Próprios. De cada um. De cada grupo. E nessa cidade, onde muitos gritam pelos seus direitos e esbravejam que tudo tem que melhorar, é muito difícil reunir mais que algumas centenas de pessoas para lutar por menos violência...pel­a mudança das leis em relação a crimes perversos...pel­o cumprimento total das penas dos assassinos que matam um pouco desses milhões aí em cima, todos os dias...homossex­uais, trabalhadores, torcedores, funcionários públicos...esse­s "milhões" diminuem a cada tiro, a cada tragédia a mão armada. Todos os direitos são justos para quem os defende. Mas o direito à vida clama por urgência. Senão, não será mais possível nem ser e nem fazer nada...porque não se terá mais vida...na próxima esquina, na próxima rua, na próxima avenida famosa, um "próximo" vai perder a vida hoje. O único grupo que não pode lutar mais por direito nenhum, é o que mais cresce...o grupo daqueles que tiveram a vida arrancada. Tem coisa que não pode esperar. A vida é prioridade.