12 de out. de 2011

Ao olhar os meus sobrinhos...

Ao observar mais profundamente uma criança e tentar compreender porque elas nos trazem tanta "vida", percebo que tudo nelas é "leve"...gosto de coisas leves...gosto da vida leve...
Elas sorriem e dão gargalhadas com muita naturalidade...riem de nós e de si mesmas...choram também com muita facilidade, sem preocupar-se com que os outros vão pensar de seus risos ou de suas lágrimas. Arriscam-se sem medo para enfrentar o desconhecido, numa ânsia de aprender sempre e aprender muito...e principalmente, num enorme desejo de vivenciar grandes e pequenas experiências...porque para elas, as experiências não tem tamanho, tem sim, intensidade!
Para elas o mundo não tem limites...os sonhos não tem limites...elas podem tudo...e isso as faz exalar vida pelos poros.
Falam errado, porque não precisam buscar as palavras certas para se comunicar...o que importa é apenas expressar exatamente a essência do que estão sentindo.
E falam tudo...sem limites...sem medidas...sem censura! Se é feio é feio, se é bonito é bonito...se está bom, se está ruim, se gostam, se desgostam...assim, sem mudar uma palavra. E tamanha sinceridade não tem a intenção de ofender ou agradar...porque não tem intenção nenhuma, além do único objetivo de ser “sinceridade”.
Usam cada músculo de suas faces para expressar aquilo que trazem dentro de si...mudam a feição em segundos... “falam” através do olhar...do canto da boca, do canto dos olhos...
Suas mãos expressam mais do que qualquer palavra, em qualquer idioma pode expressar... buscam segurança, sabem defender-se...acariciam, agradecem...
Seu cérebro não as censura quando exageram...quando correm sem coordenação, quando nem lembram com que roupa estão vestidas, se o cabelo está penteado ou não...
Caem...caem muito e se levantam quantas vezes forem necessárias para continuar...porque isso é o que importa...continuar.
E elas aprendem...aprendem muito...
E aprendem também a lição que nós adultos insistimos em ensinar...
E aí, correm um risco enorme...porque nós ensinamos da forma errada...não ensinamos a crescer, ensinamos a deixar de ser crianças!
E são mais felizes aqueles “grandões” que compreendem que uma coisa não precisa eliminar a outra!
Cresça! Mas por favor, não deixe de ser criança para ser pra sempre feliz!

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